Marketing jurídico: qual a sua importância?

Postada em : 28/09/2022

Com a evolução constante dos meios de comunicação e interação entre as pessoas, acaba sendo notória a importância do marketing para qualquer organização, independente do seu segmento e porte. Os aspectos competitivos do mundo empresarial tornam o mercado extremamente seleto àqueles que acompanham os avanços dos mesmos.

No entanto precisamos entender que o marketing é uma ciência que está em constante atualização e que tem como finalidade identificar, antecipar e satisfazer as necessidades dos clientes, com objetivo também nos lucros e resultado final; além disso, tem como intuito suprir os desejos dos clientes, expondo mecanismos e métodos que estimulam a curiosidade desse consumidor em buscar o seu produto/serviço.

Além da geração de valor, o marketing representa o elo de relacionamento entre a sua empresa e o seu público, sendo um braço de extrema importância quando o assunto é conquista e fidelização dos clientes e, para isso, são criadas estratégias de atração, conversão e retenção desses clientes.

Aqueles que desejam compreender como aplicar marketing ao seu negócio também precisam ter em mente que não se trata apenas de divulgar o produto ou serviço, o marketing possui uma série de conceitos, estratégias, canais e metodologias que passam constantemente por atualizações, principalmente sociais.

Toda essa evolução descrita anteriormente, se torna ainda mais perceptível quando nos referimos ao âmbito jurídico, onde muitos advogados se encontram em convívio com uma concorrência cada vez mais forte, inclusive de escritórios estrangeiros. Antigamente podíamos determinar que o exercício da profissão fosse encerrado em apenas advogar, porém podemos notar que para se destacar no meio e evidenciar cada vez mais seu diferencial, é necessário usufruir das estratégias de marketing.

A área foi pauta para diversas discussões, tanto que o Conselho Federal da OAB aprovou o Provimento n.º 205/2021[1], que complementa as normas sobre publicidade ao estabelecer a conceituação, permissões e proibições do marketing na advocacia, de acordo com os avanços sociais e tecnológicos.

Essa norma permite o marketing jurídico, desde que realizado de forma compatível com os preceitos éticos, respeitando as limitações impostas pelo Estatuto da Advocacia, Regulamento Geral, Código de Ética e Disciplina. A produção do conteúdo para publicidade será responsabilidade das pessoas físicas e/ou jurídicas, devendo ser apresentada de modo objetivo e com base em informações verídicas, sendo destinada a levar ao conhecimento do público conteúdos jurídicos; desde as informações atinentes ao exercício profissional, bem como os dados do perfil de advogados inscritos na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), desde que estes meios não sejam vedados pelo Código de Ética e Disciplina da Advocacia.

Em meio a tantas restrições os advogados se veem perdidos em realizar esta tarefa que se mostra de suma importância para a relação com seus clientes, o que demonstra que os mesmos devem contar com alguém especializado para realizar a mesma, considerando ainda que o provimento reitera que a publicidade deve conter caráter apenas informativo, com discrição e sobriedade, não podendo configurar captação de clientes ou mercantilização da profissão.

Por fim, o provimento ressalta que em nome da preservação do prestígio da advocacia, as normas estabelecidas neste provimento também se aplicam à divulgação de conteúdos que, apesar de não se relacionarem com o exercício da advocacia, possam atingir a reputação da classe à qual o profissional pertence.

O marketing jurídico vem trazer aos escritórios justamente esse pensamento crítico para que exista uma melhor estratégia de marketing e ainda mostrar o porquê mudar a forma na qual era realizado este trabalho, como operacionalizar estas mudanças e quais são os benefícios de estar atualizado frente às estas técnicas.

Acabou-se a era de advogados que confundiam vendas e publicidade com marketing jurídico, portanto, é clara a possibilidade de se realizar marketing dentro dos escritórios de advocacia mesmo que existam restrições, basta trabalhar com um marketing inteligente, bem pensado, realizado por profissionais capacitados, que é praticável uma boa divulgação dos mesmos, obtendo-se, assim, bons resultados.

Por: Nathalia Domingues

Fonte: Contábeis